Empresas de tecnologia precisam se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados

A Alias, especializada no desenvolvimento de tecnologia mobile, é uma das empresas que saiu à frente na implantação das mudanças

10 de julho de 2019 às 09:42

Foto: Pixabay

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entra em vigor em agosto de 2020, mas a exigência por segurança de informações tem levado diversas empresas a se adequarem antes que as novas regras sejam exigidas pelos órgãos reguladores. Entre as mudanças que as empresas precisam implantar estão novas estrutura e política interna de compliance digital para o tratamento de dados de seus clientes. Isso vale tanto para empresas do setor público como do setor privado.

O objetivo da nova lei é coibir o uso indiscriminado de dados pessoais que as empresas têm acesso por meio de cadastros. Com a mudança, espera-se que as pessoas estejam sempre cientes da finalidade para qual suas informações serão utilizadas.

A Alias, empresa que atua no desenvolvimento de plataformas multifuncionais e tecnologia mobile para prestação de serviços de conveniência e mobilidade, está entre as instituições que se adiantaram em relação às regras da LGPD. Entre as soluções que a empresa tem no mercado estão sistema de gestão e fiscalização de estacionamento rotativo e sistema para homologação e credenciamento dos aplicativos de estacionamento rotativo público.

A advogada responsável jurídica da Alias, Brunna Xavier Busato, explica que uma das principais preocupações da empresa é a proteção das informações e dados de seus clientes, parceiros e colaboradores. “Antes da sanção da LGPD, a empresa já estava empenhada no assunto, tendo planos e estratégias formuladas e aplicadas no dia a dia. Tal procedimento resulta em um alto patamar de controle e rigidez no tratamento, compartilhamento e armazenamento dos dados e informações a que tem acesso”, explica.

De acordo com Brunna, a Alias procura se adequar as novas normas desde o início de 2019, com a revisão de documentos e promoção de palestras e cursos para os colaboradores. O objetivo é explicar a importância da nova legislação e os níveis de rigorosidade que devem ser aplicados no tratamento, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais gerenciados pela instituição.

“É um avanço muito importante, o qual permite que o Brasil se equipare as práticas globais de gestão de dados. Contudo, entendo que, faz-se necessária não apenas uma adequação legal, mas uma mudança cultural dos brasileiros, uma vez que há um certo costume em se banalizar os dados pessoais, ao invés de protege-los”, avalia Brunna.